Cecília de C. Bolina*, Fabiano L. Amaral**, Samantha J. Moreira***, Brendda S. Rocha****, Guilherme A. Agapito****, Luiza M. Freitas****,
* Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí, ** Universidade Federal de Goiás, ***Conselheira Suplente do SENGE-Goiás no CREA-GO, **** Bolsistas do CNPq e PROPE da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
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Resumo: este artigo apresenta a situação da conservação de marquises no Setor Central em Goiânia. Existem em alguns países regulamentações e normas específicas para a inspeção de marquises. No entanto, no Brasil encontram-se regiões com deficiência nesta área da Engenharia, inclusive no Estado de Goiás. O objetivo do presente trabalho é de avaliar o estado de manutenção e conservação de algumas marquises construídas na década de 80 localizadas no Setor Central. A avaliação das marquises foi feita por meio de inspeções visuais e registros fotográficos. Identificaram-se problemas de durabilidade nas marquises avaliadas, apresentando características de estruturas sem inspeções periódicas, com aspecto degradado, e que não passaram por um programa de manutenção preventiva ou corretiva.
Palavras-chave: Marquises; Patologias; Goiânia.
I INTRODUÇÃO
Helene (2003) ressalta que os problemas patológicos podem ser atribuídos 40% a projetos, 28% a execução, 18% a materiais, 10% a mau uso e 4% ao planejamento, mostrando que 40% das patologias poderiam ser evitadas utilizando gestão dos projetos,
reduzindo assim os custos de manutenção e de recuperação. Os aspectos de durabilidade das estruturas, classes ambientais, cobrimento de armaduras, detalhes construtivos e sistemas de proteção já estão previstos na norma NBR 6.118:2014 e contribuem para a otimização de estruturas novas. Do ponto de vista estrutural, as marquises são extremamente frágeis por estarem sujeitas a dificuldades construtivas e também por serem facilmente atingidas por patologias, e por isso é muito importante à realização de inspeções e manutenções periódicas nas mesmas, garantindo assim sua durabilidade (ABNT, 2014).
II OBJETIVOS
O presente trabalho tem o objetivo de apresentar por meio de registro fotográfico a situação de algumas marquises de edificações na região metropolitana de Goiânia (Setor Central).
III MATERIAIS E MÉTODOS
Na sequência são apresentadas três marquises escolhidas na Etapa 1 do projeto de pesquisa de iniciação científica na região metropolitana de Goiânia. Tais marquises foram escolhidas conforme o estado de conservação e manutenção, mas serve de alerta à sociedade e ao meio técnico para a necessidade imediata de se estabelecer programas de inspeções periódicas sobre as construções urbanas. Para melhor evidenciar o estado de manutenção e conservação das marquises a metodologia adotada foi de visitas técnicas por meio de inspeções visuais e o registro fotográfico.
IV RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas Figuras 1 e 2 tem-se respectivamente duas marquises localizadas nas Ruas 7 e 10 do Setor Central com problemas de infiltração e mofo. As duas marquises possuem manchas escuras em sua parte inferior. Porém, a marquise da Figura 1 aparentemente está com aspecto mais degradado que o da Figura 2, apresentando infiltrações generalizadas ao longo de toda a estrutura e borda.
Figura 1 - Marquise com mofo e infiltração.
Figura 2 - Marquise de uma sala comercial sem nenhuma manutenção e com infiltração.
As Figuras 3 e 4 mostram à marquise encontrada em uma edificação residencial onde constatou-se um certo grau de infiltração. Na Figura 3 tem-se uma parte da marquise em que há a exposição da armadura às intempéries (sol, chuva vento, frio, calor) o que pode implicar no desencadeamento do processo corrosivo. Verifica-se que a corrosão de armaduras significa a redução no combate aos esforços pelos quais a estrutura é solicitada, dessa forma podendo levar a seu colapso. Em inspeção técnica constatou-se na Figura 4, a desagregação de parte do concreto da laje e o posterior desprendimento do revestimento da borda do balanço.
Figura 3 - Marquise com infiltração e esfoliação da pintura.
Figura 4 - Marquise com destacamento do concreto.
IV CONCLUSÕES E CONTINUAÇÃO
Constatou-se que mesmo com pequeno espaço amostral obteve-se uma realidade preocupante que, 100% das marquises analisadas não têm uma rotina de manutenção, o que vem corroborar com a necessidade de se adotar medidas visando à realização de vistorias que venham a determinar a execução de serviços de manutenção periódica, buscando, assim, reduzir a ocorrência de colapsos das estruturas. É necessário o aumento da fiscalização para esse tipo de estrutura na região metropolitana da Goiânia e, alertar para a responsabilidade dos proprietários das edificações, tornando obrigatória a manutenção periódica e o cumprimento da regulamentação do uso e de conservação das edificações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DE NORMAS TÉCNICAS, Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, NBR 6.118, ABNT, Rio de Janeiro, 170p, 2014.
HELENE, P. R. L. Introdução da Vida Útil no Projeto das Estruturas de Concreto. In: 2º WORKDUR, São José dos Campos. Anais do 2º WORKDUR, v.1.p.58-94. 2003.